É assustador o fato de o excesso
de atividade ter se tornado um símbolo social e psicológico para expressar
nosso valor. Pergunte aos colegas do escritório como vão. Eles normalmente
dirão algo como: “Estou ocupadíssimo. E você? ” E você responderá algo como “Ah,
sim, estou com trabalho até o pescoço”. Então vocês assentirão com a cabeça em solidariedade,
tendo executado o ritual de confirmação mútua que nossa cultura aceita como
validação de seu valor no trabalho e como ser humano.
A implicação disso é que, se você
estiver ocupado, isso quer dizer que alguém deve precisar de você para alguma coisa,
de modo que você deve ter algum valor. Quanto mais ocupado estiver, mais deve
ser necessário. É a declaração existencial do século 21: “Estou estressado,
logo existo”. Certa vez perguntaram: “Se eu não estou ocupado, então sou o quê?
”. Uma questão de fato importantíssima!
Quando fazemos isso uns com os
outros no trabalho, criamos uma cultura de correria e urgência e não de
realização e produtividade extraordinária. Fomos socializados a pensar que tudo
precisa ser feito agora, o que não é verdade.
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