Em tempos inconstantes, onde as condições financeiras e de trabalho oscilam ante as transformações do mercado, saber decidir é a chave para levar uma equipe a vencer. Essa qualidade é importante para identificar um grande líder, pois são os líderes, que mesmo em meio às tempestades do caminho, mantêm o equilíbrio e os resultados à frente.
Tal situação pode ser comparada à prática do Triathlon. A competição, que envolve três modalidades distintas (natação, corrida e ciclismo) pode ficar comprometida se houver uma única falha durante as transições colocando a perder todo o planejamento.
Às vezes, a equipe enfrenta situações extremas e não consegue ver além da etapa que exige esforço para ser superada. Mesmo com uma reviravolta, o caminho não será fácil – nós entramos em um mundo em que os riscos do passado parecem suaves comparados com os que encaramos hoje. Crises futuras podem ser mais severas que qualquer coisa que tenhamos enfrentado. Nessas horas, ter um grande líder que se baseia em princípios sólidos, mesmo num ambiente fluído e inconstante, é indispensável.
Isso se dá inclusive por um fator muito importante na gestão: não tomar decisões impulsivamente. Ao manter o foco, o líder consegue preparar-se antes de chutar o pênalti. Assim, mesmo correndo contra o tempo, ele não perde a partida.
Há diversos exemplos de situações onde a pressa foi a causadora dos problemas, pois é sempre preciso analisar a forma de agir para que a impulsividade não destrua anos de trabalho.
Por isso é necessário também construir a base para saber barrar o impulso e ter sucesso. A dica é prever esses perigos. Isso será possível ao seguir conceitos como: executar prioridades com excelência, mover-se com a velocidade da confiança, realizar mais com menos e reduzir o medo. Se há uma coisa certa quanto à vida, é a incerteza. As grandes equipes atuam consistentemente e com excelência, a despeito das condições.
O que também ajuda nesses momentos é saber o que fazer. Bob Whitman, Nassim Nicholas Taleb, Steven Covey autores do livro “Resultados previsíveis em tempos imprevisíveis” que em breve chega ao Brasil, comentam que um grande líder tem bem claro em sua mente qual o plano a seguir e ao mesmo tempo precisa ter a certeza de que os colaboradores saberão como se comportar. Os autores ainda usam um exemplo. Numa recessão, repentinamente todos tem o mesmo objetivo óbvio: cortar custos e manter o caixa num nível mais alto. Até mesmo a lucratividade fica em segundo lugar. Quer se tenha fins lucrativos ou não, é necessário ter dinheiro - ou fechar as portas.
Se a meta “cortar gastos” tiver sido anunciada, será que cada gerente estará ciente dela? Isso implica em que todos saibam o que fazer? Todos têm uma tarefa específica e bem definida a fazer? Todos têm metas estabelecidas para aumentar a receita, cortar custos e acelerar a arrecadação? Ou eles estão deixando esse trabalho tão importante apenas para o departamento comercial e o financeiro?
Resolver essas pendências antes que o problema cresça melhora muito a qualidade das decisões em momentos críticos. Assim o impulso servirá para seu papel mais nobre, o de levar ao sucesso depois de decisões bem tomadas.
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