
Muitos dirão: “Mas como posso me
comparar a Lincoln ou a Marie Curie? ”, e a esses vou logo avisando que não se
trata de comparar, mas de refletir. O fato de existirem pessoas que ampliaram
seus limites muito além do que se poderia esperar nos leva a pensar em quão
pouco estamos expandindo os nossos. Uma Figura de Transição está sempre
aprendendo e está sempre ensinando, e é exatamente por estar sempre aprendendo
que ela nos ensina: seu exemplo nos mostra que vivemos para aprender e que
aprendemos a viver. É como diz a poetisa goiana Cora Coralina: “Feliz aquele
que transfere o que sabe e aprende o que ensina. ”
Quem transfere o que sabe, não
está preocupado em “dar lições”, mas em partilhar. Pessoas assim não fazem
questão de ser admiradas: fazem questão de ser úteis. Ao transferir o que
sabem, elas não estão impondo suas crenças, seus métodos e seus valores aos
demais. Estão apenas lançando uma semente. O que vai acontecer com essa
semente, que vai germinar ou não os frutos que dará, tudo isso depende daquele
que a recebe. Os que transferem o que sabem reconhecem e respeitam esse
direito, pois entendem que nenhum conhecimento pode ser verdadeiramente
assimilado e colocado em prática sem antes ser digerido, elaborado e
reelaborado por aquele que o recebe.
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