quarta-feira, 13 de maio de 2009

Crise determinará um novo estilo de liderança

A crise do mercado financeiro envereda por diferentes cenários do mundo corporativo, causando impacto direto na gestão das corporações. Penetrando minuciosamente os fatores que causaram essa gigantesca turbulência não vista desde a depressão dos anos 30, podemos constatar a influência dos líderes para o desencadeamento do cenário atual. Se analisarmos atentamente, veremos que antes dessa crise financeira, tivemos uma crise de liderança.

A falta de uma liderança ética, eficaz e produtiva, e com uma visão de longo prazo, foi justamente o que desencadeou o atual momento financeiro. A solução passa, portanto, por um trabalho de liderança. Precisamos de dirigentes que tornem as organizações ainda mais produtivas e eficientes. Mais do que nunca, será preciso fazer mais com menos - e isso só é possível por meio de líderes eficientes, que dão oportunidade para as pessoas explorarem seu próprio potencial. Não há mais espaço para centralizadores.

O saldo positivo que ficará dessa atual fase é que um novo estilo de governança ganhará força, com maior comprometimento e vivência de valores. Muitas organizações já tinham essa visão antes de haver qualquer tipo de problema no mercado financeiro, não é por acaso que justamente essas empresas apresentam, hoje, os indicadores mais sólidos. As empresas que já tinham o compromisso com a ética no seu DNA são aquelas que passarão incólumes pela crise. As demais estão quebrando, infelizmente.

A capacidade das corporações contornarem momentos de crise está diretamente relacionada com sua solidez ética. As empresas que já têm crenças arraigadas na sua base, desde os fundadores, se destacam sempre, inclusive em períodos de turbulência. Johnson&Johnson, Pão de Açúcar e General Electric são alguns exemplos de empresas que seguem princípios muito claros e consolidados. O lado bom é que elas também exercem um efeito multiplicador. Isto é: fazem com que funcionários, gestores, fornecedores e várias outros envolvidos também sigam uma escala de valores e princípios mais ou menos parecidos. Essas pessoas tendem a atravessar esse período de crise com mais facilidade do que as demais.

A principal vitrine para a formação dessa escala de valores é o líder, ele é a referência, o modelo a ser seguido. Não só em relação ao que ele fala aos outros, mas principalmente em relação ao que ele faz, ao que acredita e ao que ele é. Neste cenário de turbulência econômica, por exemplo, o dirigente precisará ser mais eficaz. Isso significa difundir a eficácia entre seus liderados. É preciso estar ciente de que teremos menos pessoas fazendo cada vez mais coisas. A exigência será muito grande e o estresse, muito maior. Nesse cenário, o papel do líder eficaz é crucial.

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